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A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


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Trindade, Praça
1835-09-30
Ofício do Provedor, exigindo o conserto e reparo da Casa da Guarda de Polícia do Largo da Trindade. Estando-se, porém, na dúvida se este conserto era da obrigação da Câmara, foi encarregado o vereador fiscal dessa averiguação.
¶ Ofício do Brigadeiro Paulet, expedindo as razões que tinha para impugnar a abertura da Rua Ferreira Borges pelo sítio onde foi começada e as que tinha também em favor de um outro projeto.
¶ Escreveu-se ao Provedor do Concelho para fazer intimar Francisco José Resende de Vasconcelos para fazer demolir umas casas que tem na Viela da Esnoga, por ameaçarem ruína.
1836-03-09
Ofício do comandante da Polícia pedindo o conserto de uma barraca da guarda no Largo da Trindade. Deliberou-se oficiar ao Capitão da Polícia dizendo que a casa da guarda não é das questões a cargo da Câmara.
1836-06-08
Carta de António Beleza de Andrade na qual declarava que consentia na expropriação do terreno necessário para a abertura da Rua da Boavista e na avaliação do terreno, mas não na expropriação do terreno para uma praça.
¶ "Proposta feita por Alexandre José Soares, que oferecia vender água que podia ser trazida ao Largo da Trindade, se prosseguisse na arrematação em que se estava do tanque no Largo do Laranjal, mas para ser construído ali, ou na Trindade, como fosse julgado mais conveniente, declarando-se portanto que a arrematação só compreendia a obra que houvesse de ser feita à superfície do terreno, e que podia ser indiferentemente executada em qualquer parte".
¶ Representação da Junta da Paróquia de Massarelos para que, em deferimento a ela, se mandasse intimar os herdeiros de Pedro Pacheco, para fazerem demolir e apear uma casa sua que estava ameaçando ruína na Rua de Sobre Douro, e que à mesma Junta se pedisse um orçamento da despesa necessária para reconstruir o paredão caído na mesma rua, bem como reparar e tornar mais fácil o trânsito da Rua da Restauração, a fim de lhe ser encarregada uma e outra coisa.
¶ Visto ter hoje mesmo "andado em praça a obra do Jardim de S. Lázaro, e não se ter, depois de muitas horas de pregão, achado um preço inferior ao orçamento feito pelo mestre das obras, nem outro lançador além daquele mesmo que tomara as calçadas das ruas do Príncipe e do Breyner, o que ia principiando a inspirar desconfianças acerca daquela empresa, se suspendesse a arrematação", mas fosse a obra continuada.
¶ Foi arrematado o tanque acima mencionado.
1836-06-25
Ofício da Junta de Paróquia de Massarelos, declarando os consertos que era necessário fazer nas ruas da Restauração e Sobre Douro, e a despesa que era necessário fazer neles, no valor de quatro contos de réis. Deliberou-se que a mesma Junta fosse autorizada a despender nos mencionados consertos até à quantia de um conto de réis, fazendo processar e remeter semanalmente as folhas à Câmara, para serem pagas, e que nesta conformidade se lhe escrevesse.
¶ Acordou-se que a "Praça de D. Pedro fosse calçada em volta e em quadro e na forma que foi verbalmente declarada ao mestre das obras".
¶ Que fosse intimado João de Sampaio Mandrana para fazer "apear um informe portal e princípio de casa que vai tentando edificar no Largo da Trindade, sob pena de se demolir à sua custa".
1846-04-01
Ofício do governador civil para se fixarem os limites da cidade conforme o disposto no artigo 34 do Regulamento de 20 de dezembro do ano findo.
¶ Outro ofício do governador Civil, participando ter deferido à pretensão da Ordem Terceira da Santíssima Trindade, para que a Praça do Laranjal se denominasse, de hoje em diante, Praça da Trindade.
¶ Ofício do Presidente da Direção da Associação Comercial, remetendo a cópia da planta do edifício da praça comercial.
¶ Deliberou-se oficiar-se à Irmandade da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo para mandar proceder ao conserto do encanamento da água que é conduzida para o edifício da mesma ordem e que se achava arrombado junto ao Campo da Regeneração, vertendo as águas pela rua pública, com prejuízo do público e contra os acórdãos municipais.
1853-05-04
Deliberou-se que a fonte e tanque situada na Praça da Trindade fosse transferida para o e que se construísse uma fonte e tanque no sítio do Lameiro ou lago aforado aos herdeiros de Gonçalo Cristóvão próximo à Rua de Camões e colocado do lado do norte, encostada ao muro do prédio comprado a Francisco de Paula Teixeira, sendo esta fonte abastecida com a água que dentro deste prédio corria para um tanque.
¶ Sendo presente nesta vereação o laudo feito pelo arquiteto e mestre das Obras públicas contendo a medição do terreno do Município situado entre as ruas de D. Pedro e dos Três Reis Magos, e bem assim do corte da propriedade pertencente a Luís Domingues da Silva Araújo contígua ao mesmo terreno, em vista do alinhamento da Rua de D. Pedro, designando igualmente os valores de uma e outra coisa conforme a resolução tomada em vistoria de 21 de março deste ano, foi deliberado que se organizasse um processo com o referido documento para subir ao Conselho de Distrito solicitando-se a autorização prévia para se levar a efeito a troca do terreno do Município pelo corte que o proprietário tinha de sofrer na sua casa, mediante a quantia de 486$240 réis, com que o mesmo proprietário tinha de entrar no cofre do concelho por saldo daqueles valores, ao que o dito proprietário anuiu achando-se presente nesta sessão.
1853-12-26
Aprovou-se a planta de abertura de uma rua que da de Liceiras comunicasse com a do Bonjardim e bem assim da abertura de uma outra rua em continuação da de Fernandes Tomás a desembocar na Praça da Trindade, compreendidas no mesmo plano aprovado.